domingo, 6 de setembro de 2009

MY PRECIOUS

Estou a pensar cortar o cabelo, só as pontas entenda-se. Mas ao contrário das outras pessoas, para mim este é um processo sempre muito complicado. Primeiro, porque eu recuso-me a ter uma cabeleireira fixa. Sei que os entendidos dizem que devemos ser fiéis a um cabeleireiro, mas eu não acredito nisto. Fidelidade trás confiança. Confiança trás abuso. Nós dizemos 1 cm e eles cortam 10cm. Arre, que nervos que me dá quando isto acontece. Já tive alturas em que pouco faltou para partir para agressão. Assim sendo, decidi que o melhor a fazer era variar sempre. Nunca ir mais de 2 a 3 vezes ao mesmo. Porque ao início elas fazem o que lhe pedimos, querem agradar. O pior é depois, quando pensam que a cliente é certa e fazem o que lhes dá na real gana.
Por isso, cada vez que decido cortar o cabelo, desencadeia-se um longo processo de escolha da alminha que terá a honra de pôr as suas mãos na minha peruca.
Eu sou exigente na selecção. Primeiro, entro no salão e começo a analisar tudo, desde o aspecto do salão, às funcionárias e o mais importante a cabeleireira. Olho para ela de cima a baixo, de trás para a frente, tudo. O mais importante na análise: o cabelo. Se ela não tiver um cabelo bonito e bem tratado, esquece. Nem dou hipótese. E quando me vêm perguntar: “E então o que quer fazer? É para arranjar ou para cortar?”. Eu respondo: “É só para arranjar as unhas.” Livra, que aquela coisa não toca no meu cabelo é que nem pensar. Também tenho um bocado de medo daqueles cabeleireiros com poucos clientes. Considero sempre um mau sinal.
Depois lá tenho que ir escolher outro. Mas prefiro assim, do que me fazerem alguma coisa que não goste. Se há coisa com que tenho muito cuidado é com o meu cabelo. My precious.
Uma coisa que não percebo nas cabeleireiras é a satisfação que têm em cortar cabelos. Eu digo: “É para cortar” E ela responde: “eu gosto é quando o cliente diz: é para cortar” e a seguir pega na tesoura e lá vem ela direita a mim com a tesoura na mão, os olhos arregalados e um sorriso nos lábios, tal e qual uma psicopata. E eu ali a tremer, a viver um momento de dor e ela toda contente.
Outra coisa que me faz imensa confusão é a satisfação com que elas dizem para olharmos para o nosso cabelo cortado no chão. Confesso que houve alturas que até me vieram as lágrimas aos olhos. E elas riem-se feitas parvinhas, completamente insensíveis à minha dor. Eu só queria perceber qual é a satisfação, hã? Podem me explicar.
Agora, tenho optado sempre por dizer que prefiro não ver. Olhos que não vêem, coração que não sente, já dizia a minha avó. Mas quando calha de olhar a vontade que me dá é pegar nele e colá-lo. Sniff, Sniff.

4 comentários:

Narcolepsia disse...

olá. São umas sádicas, as cabeleireiras. Desde que pedi para cortarem as pontas e cortaram pelos ombros, que comecei a cortar a mim própria e uma vez por ano.. lá vou tentar mais uma vez fazer um corte. E tal como tu, também em sitios diferentes.. pode ser que um dia até goste de alguma..

the bloom girl disse...

Olá.
Bem-vinda ao meu humilde blog.

Ai que bom saber que não sou a única que tem um problemas com cabeleireiras. Também tenho a esperança de um dia encontrar a "cabeleireira da minha vida." Mas acho que é difícil. Até lá continua a busca.

bjs

Narcolepsia disse...

olá, obrigada por me receberes.

Este post vem mesmo a calhar porque ando a arranjar coragem para a ida deste ano à cabeleireira. E a decidir a qual irei. :P

Beijocas

the bloom girl disse...

Narcolepsia

Desejo-te boa sorte e coragem.

beijinhos.